A segunda faixa é "O amor verdadeiro não tem vista para o mar". Uma baladinha mais calma e bem melosa, a letra não me agrada muito. Fala sobre a ausênica de praias em São Paulo, o que contrasta com a realidade passada pela maioria das novelas brasileiras. Pelo título já dá pra entender a idéia passada pela música.
1932(C.P.) foi a música do compacto lançado por eles antes deste disco. É bem bonitinha, alegre e fofa. Fala sobre um romance entre um paulista e uma carioca. A parte instrumental é ótima e a letra não fica muito atrás. Entra facilmente nas 5 melhores da obra.
Marines é um nome e não os "Marines", é sobre uma jovem trabalhadora de 23 anos da Zona Leste paulistana, que gasta metade do salário no curso de inglês e na faculdade de contabilidade. Essa história tem um final trágico. Destaque para o teclado com um timbre semelhante ao do xilofone.
Lição de casa é uma de minhas preferidas. A letra é ótima, sobre um paulista de férias de verão e sua paixão por uma carioca. A guitarra tem uma batida que empolga e um solo quase no final. Gostei tanto dela que até procurei a cifra para tocar no violão.
A sexta música "Quem me dera houvesse trem" começa bem calma e cadenciada. Como o título diz fala do desejo do eu-lírico de poder ir de trem para que a sua viagem dure mais e os efeitos psicológicos que isso teria sobre ele. O final da música é lindo, talvez seja o melhor do disco.
"Marcelo ou eu traí o rock" tem uma letra boa que versa sobre os planos que se faz para a vida inteira, as besteiras que se faz para chamar atenção, a fuga do clichê, o ar blasé. Destaque para a guitarra. O arranjo é bom assim como o final.
"Futebol de óculos" fala obviamente sobre futebol usando algumas figuras de linguagem para denotar qualidades de um bom jogador, e homenageia jogadores do esporte e que usavam óculos "na alma". É bem animada, com um ritmo bom. O refrão é razoável.
A nona faixa não é uma música propriamente dita mas um trecho de 15 segundos de um ensaio da banda. É seguida por "O que dará o salgueiro". Calma, talvez com o arranjo mais brasileiro do disco. Brinca com nomes de árvores e seus frutos, "nó cego na nogueira" é um exemplo. Tem um solo legalzinho mas no todo, para mim, não fede nem cheira.
"Semana" está entre as melhores, boa letra, ritmo animado e é sobre uma semana de paixão e a incerteza se esse estado de coisas vai durar. Um bom punhado de "pá pararará" na letra o que é até legal.
Os Pullovers fecham o disco com "Tchau" que é sobre despedidas. Para mim é irritante e está entre as piores.
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